Volta e meia vemos as campanhas publicitárias da Record alardeando que está a caminho da liderança. Não, não está. Ainda falta muita coisa e, com certeza, não será produzindo novelas mexicanas que logrará atingir seu intento. Em outro post, listarei a diferença entre a Globo e a Record no que diz respeito à estrutura.
Vejo de maneira saudável a luta pela liderança de audiência, desde que seja feita de forma limpa. Concorrência é sempre saudável - e muita boa para todos os que trabalham nas redes de televisão. Ela faz com que as emissoras se esforcem por manter os profissionais, mesmo os menos badalados, até porque nunca se sabe o dia de amanhã: um autor meio obscuro de um canal pode brilhar no outro, tirando pontos preciosos daquela maquininha de fazer doido - o aparelho do Ibope que mede a audiência.
É preciso se acabar com essa besteira de que a Globo é um monopólio. É nada. Chegou à liderança pela qualidade de seus produtos, de seus profissionais, e, na época, pela inanição de suas concorrentes, caso da TV Tupi, por exemplo, que acabou fechando suas portas.
Quando uma emissora resolve fazer frente à Globo, até que consegue, como é o caso clássico de "Pantanal", da TV Manchete, que chegou a marcar 40 pontos de audiência, abalando programas como o TV Pirata, que passou a dar "só" 50... Outros tempos...
A Record lança suas campanhas visando à liderança sendo que ela não é sequer a vice-líder no geral, embora tenha crescido bastante. Mas creio eu que no futuro não teremos uma única emissora líder de audiência absoluta - em todas as faixas de horário como foi a Globo. Todas deverão lutar por audiência em horários específicos e por um simples motivo: o programa de uma será melhor que o da outra. Como acontece nos Estados Unidos, onde a luta envolvendo a ABC, CBS e NBC é muito mais acirrada. No Brasil, vejo que isso irá acontecer: uma ganha aqui e outra ali, fazendo com que seus profissionais bolem novas atrações que possam derrubar a rival. Espero que isso estimule a criatividade e não faça apenas com que uma tente imitar o programa da outra. Ah, e torço para que os executivos dos canais sejam mais ousados também. Não custa nada sonhar...
Aqui não me esqueço do SBT, cujo dono sempre tira um coelhinho da cartola. No entanto, a gestão da emissora da Anhanguera não é lá tão profissional, com Silvio Santos mudando semana sim, outra também o horário de suas atrações. E televisão é hábito. No Record, segundo leio, também há um problema: muita gente da Igreja Universal, que não sabe a diferença entre um spot de luz e um fio dental dão pitaco nas produções, em quem entra e quem sai da emissora. Isso não é profissionalismo. Nepotismo também não, mas é assunto também para um outro post.
Resumindo é isso: não teremos mais uma emissora líder de audiência. Teremos lideranças por faixas de horário. É nisso que eu acredito.
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